Presidente do FNO defende trabalhadores da saúde na Câmara Federal
19 de Fevereiro de 2018
Joana Oliveira, presidente da FNO – Federação Nacional dos Odontologistas participou da reunião da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados e falou sobre “crise”.
A presidente ressaltou que se fala em déficit de bilhões e trilhões e que o trabalhador muitas vezes não tem dimensão do montante desses valores. “O trabalhador não sabe se isso cabe num quarto, numa garagem, ou numa fazenda”, disse Joana.
A odontóloga reforçou que ouviu a fala do representante da CNI – Conferência Nacional das Indústrias, onde foi apresentado um conflito da classe trabalhadora com os empresários. “Nós somos produtores da riqueza dessa nação. A comida chega a mesa de cada pessoa e o lucro nas indústrias porque nós plantamos e nós colhemos. Nós somos os trabalhadores que estão na indústria fabricando roupas, calçados, automóveis. Nós somos os trabalhadores da saúde, que através do Sistema Único de Saúde levamos saúde pública em todos os recantos deste país por meio do Saúde da Família”.
Para a presidente é inaceitável que o trabalhador seja punido. “Que país é esse que quer punir nesta casa, com nossos representantes esses trabalhadores, tirando aposentadoria especial, diminuindo e igualando a aposentadoria de homens e mulheres. Tirando aposentadoria especial dos trabalhadores da saúde”, questionou.
Joana ressaltou a diferença dos trabalhadores da saúde para outros setores. “É diferente um auxiliar de serviço desta casa para um auxiliar de serviço de um hospital. O lixo deles lá são pedaços de gente, são tumores, sujeito a “n” patologias”.
De acordo com a presidente, mais que uma luta sindical, nesse momento é uma questão de toda a nação, referindo-se as reformas trabalhista e da previdência. “Esse Congresso não pode votar isso. Por que se votar, eles não voltarão. É a linguagem de toda a nação. Está correndo hoje, circulando, que é coisa do PT, da CUT essa mobilização. É não! É coisa dos trabalhadores e do povo brasileiro. Eu nem sou petista e nem sou filiada a CUT”.
A presidente destacou que os trabalhadores apenas estão buscando seus direitos. “Eu sou trabalhadora, cidadã brasileira. E neste momento, a gente tem que dizer não a reforma trabalhista, não a reforma previdenciária. E dizer, que se os conflitos existem é porque muitos patrões não cumprem a legislação trabalhista, se cumprissem os tribunais não estavam abarrotados de trabalhadores buscando seus direitos”.
Joana finalizou se posicionando contra a reforma trabalhista e da previdência, ressaltando que os trabalhadores da saúde não podem perder a aposentadoria especial.
Publicar comentário